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Síndrome do impostor segundo a psicologia

A psicóloga PhD Suzanne Imes, que trabalhou com a Dra. Clance, identificou que pessoas que cresceram em famílias exigentes tendem a se sentirem como impostoras com mais frequência.

Como a cobrança por uma alta performance era intensa na infância e adolescência e os elogios escassos, o indivíduo pode chegar à idade adulta pouco confiante em suas próprias competências. Esse mesmo tipo de pressão também pode vir de amigos, professores, figuras de autoridade e cônjuges.

Pessoas perfeccionistas, que estabelecem padrões de qualidade extremamente altos para si mesmas, e viciadas em trabalho, com necessidade de ter sucesso para provar sua competência, também possuem uma tendência maior a sofrer com os sintomas dessa síndrome.

Outro caso é o de pessoas com facilidade em determinada área de atuação ou conhecimento. Quando se deparam com dificuldades ao tentarem algo novo, podem começar a se questionar se suas conquistas até então não são merecidas.

Da mesma forma, esse sentimento parece ser mais comum entre pessoas prestes a iniciarem um novo empreendimento, seja um negócio próprio, mestrado ou doutorado, ou novo cargo na empresa.

A síndrome do impostor cria um círculo vicioso de autossabotagem, dúvidas e baixa autoestima. Mesmo que obtenha os mesmos resultados positivos nessas circunstâncias, o indivíduo não consegue acreditar em si mesmo.

Quando conquistas profissionais, acadêmicas e pessoais se tornam a única base da sua identidade e/ou amor-próprio, ele pode pensar que precisa se sair bem em tudo o que faz para ser amado. O medo de receber críticas e ser desmascarado neste contexto é mais intenso.

Agora que você já conhece o que é a síndrome do impostor, tem uma noção de como ela pode ser prejudicial para o crescimento profissional e autoestima.

Inconscientemente, a pessoa que acredita ser uma impostora colabora para a sua própria queda de performance no ambiente profissional. Preocupada demais em esconder o que pensa existir de ruim em si mesma, deixa de se concentrar em seus atributos fortes e talentos.

Esse tipo de mentalidade contraditória é, na verdade, muito comum, independentemente de profissão, idade, gênero e origem. O foco nos receios, dúvidas e pensamentos negativos acaba trazendo para perto tudo o que é temido.

Um profissional que escolhe se concentrar em fatores positivos tem mais resiliência para passar por momentos de adversidade. Se você atualmente está sofrendo com pensamentos que lhe deixam para baixo, reflita sobre isso.

Em seguida, confira as dicas que separamos para combater a autossabotagem proveniente da sensação de ser um impostor.

Você pode ter várias inspirações, sejam próximas ou distantes, para incentivá-lo a se tornar uma pessoa melhor e um profissional competente. Se comparar a elas, no entanto, deve ser evitado a todo custo.

Lembre-se: em nenhuma fase da vida é normal se sentir triste, amargurado e sem esperanças por um período muito longo. Por isso, se notar os sinais, procure ajuda.

Você e o seu vizinho são pessoas com personalidades, origens e jornadas distintas. Como fazer uma comparação justa nessa condição? É um pouco difícil, certo?

Cada um tem as suas próprias qualidades e competências, portanto, não faz sentido se sentir mal ao ver que você não possui o mesmo que os demais. Se concentre no que você já tem!

Busque um mentor ou conselheiro para guiar você em sua jornada profissional. Esse indivíduo pode ajudar você a desenvolver habilidades, trabalhar em pontos fracos e apaziguar inseguranças. Além disso, os conselhos de um mentor tendem a ser aceitos com mais facilidade por não virem de um competidor.

Compartilhe as suas aflições com outros. Amigos e familiares íntimos, colegas de trabalho de confiança, cônjuges e psicólogos são os indivíduos mais indicados para se ter essa conversa.

Pessoas com mais experiência podem compartilhar insights valiosos, bem como reassegurá-lo de que essa sensação é completamente normal. Saber que outros estiveram na mesma posição que você também pode tornar a experiência menos assustadora.

Você, assim como todas as outras pessoas, não é perfeito. Isso significa que está propenso a cometer erros e não ser o melhor em tudo o que faz. Você pode até ter dificuldade para aprender e executar algo que sempre se visualizou fazendo.

Aceite a sua condição de ser imperfeito e se jogue no que você pretende fazer sem grandes expectativas ou cobranças para ser o melhor. Se não der certo, não tem problema. Comece de novo até que você se sinta satisfeito. Do mesmo modo, mantenha-se aberto para a possibilidade de errar mesmo após o sucesso.

Quando pensamentos autossabotadores surgirem, somente os observe. Não interaja com eles. Deixe-os chegar e ir embora naturalmente como se não fizessem diferença alguma em sua vida. Esse exercício ajudará você a manter o foco somente em pensamentos que incentivam a produtividade e autoconfiança.

Celebre as suas conquistas sem medo. Você merece esse momento de comemoração após tanta dedicação e trabalho duro! Mesmo que a conquista seja pequena, se parabenize por chegar até ela.

Da mesma forma, aceite elogios, reconhecimentos e palavras de admiração sem pensar duas vezes. Se você começar a dissecá-las, pode incentivar pensamentos autossabotadores. Aceite-as e siga para a próximo desafio.